António Costa frisou a necessidade de uma maioria socialista para garantir a estabilidade necessária ao país, que não dependa "dos humores e das jogadas políticas". Se o PS perder sai do cargo, prometeu.
No primeiro debate para as eleições legislativas, António Costa ficou frente-a-frente com Rui Tavares, do Livre, mas preferiu apontar as baterias para o líder do PSD. "A escolha é entre mim e o Rui Rio", afirmou, assegurando que "a solução estável e progressista" que o país precisa "só é possível com uma maioria do PS" pois as outras maiorias possíveis "revelam-se precárias ou más, ficando dependentes dos liberais ou da extrema-direita, o que era perigosíssimo".
Rui Tavares ofereceu-se para celebrar um pacto com António Costa para uma "maioria socialista, progressista e ecológica", mas o secretário-geral do PS deixou-o de mão estendida.
António Costa reconheceu que partilha várias causas com o partido de Rui Tavares: projeto europeu, combate às alterações climáticas, transparência e luta contra o racismo. Porém, considerou que "um voto no Livre não nos livra da Direita".
"A forma mais segura de ter estabilidade é dar-nos uma maioria", afirmou, salientando que "ter uma maioria não significa governar sozinho. Sou uma pessoa de consenso e diálogo".
Confrontado com a proposta do Livre de aumentar o salário mínimo para mil euros até ao final da legislatura, António Costa lembrou que já se comprometeu a elevá-lo até os 850 euros até 2025. E que o país tem de "aumentar os salários em 20% nos próximos quatro anos".
Porém, terá de se ter em conta o esforço que as empresas e o Estado podem fazer. E "mais do que o salário mínimo, o que importa é aumentar o salário médio e fazer convergência salarial com a União Europeia. O que não podemos ter é um Governo do Rui Rio que achou o aumento do salário mínimo um excesso", frisou.