Juiz Ivo Rosa recusou pretensão dos arguidos estrangeiros na semana passada. Diligências da instrução do megaprocesso arrancam esta segunda-feira, sete anos e meio depois da derrocada do universo Espírito Santo.
Três arguidos suíços pediram ao Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) que o processo principal da queda do BES/GES fosse, na parte que lhes diz respeito, transferida para a alçada da Justiça helvética. Etienne Cadosh, Michel Creton e a sociedade Eurofin alegaram, entre outras razões, que o caso correria mais rapidamente na Suíça. Contudo, na última semana, a pretensão foi rejeitada pelo juiz Ivo Rosa, que arranca esta segunda-feira, quase oito anos depois do início da investigação, com as inquirições da instrução deste megaprocesso.
Se não houver imprevistos, Ivo Rosa vai começar a ouvir, esta segunda-feira, no Campus da Justiça de Lisboa, testemunhas, assistentes e arguidos, para decidir se a acusação do Ministério Público (MP) segue, total ou parcialmente, para julgamento. Dezasseis dos 25 arguidos defendem que não, incluindo o ex-banqueiro Ricardo Salgado, de 77 anos, que padece de Alzheimer, doença degenerativa que afeta a memória e outras capacidades cognitivas.