Cirurgia inovadora realizada na América pode mudar paradigma da transplantação de órgãos entre espécies. Especialistas pedem cautela e reforçam que ética deve ser assegurada.
2022 começou com uma novidade no mundo científico. Após a autorização dada pelo regulador norte-americano, a 31 de dezembro, uma equipa da Universidade Maryland avançou para o transplante de um coração de porco geneticamente modificado. O recetor foi David Bennett, de 57 anos, que três dias após a cirurgia, está a recuperar bem. Ainda que ladeado por muita vigilância nos cuidados intensivos.
A cirurgia inovadora, tida como a primeira do género entre o animal e um humano - o transplante de um coração inteiro -, está a criar burburinho na comunidade científica já que poderá resolver um problema de fundo em muitos países, a falta de dadores e de órgãos disponíveis para quem deles necessita. No entanto, há outras questões em cima da mesa.