Pedro Ivo CarvalhoAnda comigo rever os aviõesA mera sucessão cronológica dos factos é bastante para expor o ridículo em que António Costa e Pedro Nuno Santos mergulharam o país. Mas para além das manobras político-partidárias que guiaram a estratégia futebolística do primeiro-ministro no caso dos novos aeroportos de Lisboa que nasceram a uma quarta e morreram a uma quinta ("agora é levantar a cabeça e pensar no próximo jogo" deu lugar a um "os políticos também são humanos e cometem erros" e é preciso "seguir em frente") sobra a pergunta elementar: devemos esperar este grau de amadorismo noutros dossiês complexos que o ainda tenro Governo terá de enfrentar até ao fim da legislatura? Pela amostra, temos razões para temer o pior. Porque prevaleceu o instinto de sobrevivência e soçobrou a probidade e o sentido de decência.