O ator norte-americano Jussie Smollett foi formalmente acusado de 16 crimes por um tribunal de Chicago, nomeadamente queixa falsa à polícia de que teria sido vítima de uma ataque homofóbico e racista.
O caso data de 29 de janeiro, quando o ator de 36 anos denunciou na polícia ter sido espancado por dois homens, que gritaram insultos racistas e homofóbicos e despejaram uma substância desconhecida nele, tendo um deles enrolado uma corda ao seu pescoço. Na altura, o Departamento de Polícia de Chicago anunciou que o ator tinha sido hospitalizado mas se encontrava estável.
Várias celebridades reprovaram a violenta agressão e a mostraram apoio a Jussie através de publicações nas redes sociais.
No entanto, duas semanas depois, dois irmãos nigerianos, que integraram a equipa da série "Empire", em que Jussie participava, disseram à polícia que foram pagos para atacarem o ator.
Os dois homens, com 25 e 27 anos, saíram dos EUA depois do alegado ataque e foram detidos a 13 de fevereiro, quando regressaram ao país e estarão agora a cooperar com as autoridades.
No dia 21 de fevereiro, o ator foi detido, acusado de apresentar uma denúncia falsa sobre a agressão. "Como qualquer outro cidadão, o Sr. Smollett tem direito à presunção de inocência", disseram os advogados Todd Pugh e Victor Henderson em comunicado. Acabou por ser libertado mediante o pagamento de uma caução de cem mil dólares (89 mil euros).
Agora, um tribunal de Chicago acusou o ator de 16 delitos por conduta desordeira com base nos relatos falsos sobre o ataque a investigadores da polícia. Jussie foi convocado para voltar a tribunal no próximo dia 16.
Segundo a polícia, o ator terá pago para ser vítima de ataque racista e homofóbico como forma de impulsionar a carreira.
Perante os indícios de que o ataque terá sido planeado, o ator foi suspenso da série "Empire", em fevereiro.
Fontes citadas pela NBC e CNN indicaram que Jussie terá pedido desculpa aos colegas do elenco, mas reiterou estar inocente.